domingo, 18 de setembro de 2011

O Uso de Recursos Didáticos no Ensino da Geometria

O estudo e aprendizagem dos conceitos geométricos se torna necessário, pois “[...] por meio deles, o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive” (BRASIL 1998, pg. 51).
Visto a necessidade e importância da aprendizagem da geometria, com o passar dos anos, foram surgindo muitas pesquisas de educação matemática que propõem meios e estratégias para facilitar o processo do ensino e aprendizagem deste conteúdo. Para Arantes (1998), as crianças aprendem geometria, manipulando, observando, representando, transformando e construindo.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1998), as atividades de Geometria, possibilitam que o professor juntamente com o aluno construa um caminho que a partir de experiências concretas, leve-os a entender a importância e a necessidade da prova para validar as suposições levantadas. “Para delinear esse caminho, não se deve esquecer a articulação apropriada entre os três domínios citados anteriormente: o espaço físico, as figuras geométricas e as representações gráficas. (BRASIL 1998, p. 26)
Assim, vislumbramos a importância de se trabalhar durante a prática pedagógica com outros recursos didáticos, além do quadro e giz, para auxiliar e facilitar o processo de aprendizagem dos alunos em geometria. Dentre esses recursos, encontramos os materiais manipuláveis ou materiais concretos.
Nacarato (2005) em seus estudos disserta que, os materiais concretos são objetos ou coisas que o aluno é capaz de sentir, tocar, manipular e movimentar. Esses objetos podem ser reais com aplicação no cotidiano ou objetos usados para representar uma idéia.
Abrantes (1999) disserta que, através da manipulação de materiais, “[...] a geometria torna-se, talvez mais do que qualquer outro domínio da Matemática, especialmente propícia a um ensino fortemente baseado na realização de descobertas”. Evitando sem muita dificuldade “[...] uma visão da Matemática centrada na execução de algoritmos. (ABRANTES 1999, p. 155 apud GRANDO; NACARATO; GONÇALVES 2008 p. 44).
Portanto, é muito importante que os alunos consigam entender e aprender os conceitos geométricos, pois esses conceitos possibilitam uma melhor compreensão, descrição e representação do mundo e também do cotidiano do aluno de forma mais organizada. Assim, nós professores, devemos sempre buscar estratégias didáticas, utilizar outros recursos além do quadro e giz, buscando dessa forma, propiciar nos alunos uma aprendizagem sólida da geometria.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.

GRANDO, REGINA CÉLIA ; NACARATO, ADAIR MENDES; GONÇALVES, LUCI MARA GOTARDO. Compartilhando saberes em geometria: Investigando e aprendendo com nossos alunos. Cad. Cedes, Campinas, vol. 28, n. 74, p. 39-56, jan./abr. 2008.
Disponível em: http: \\www.cedes.unicamp.br. Acessado em: 17 de Setembro de 2011.

NACARATO, Adair Mendes. Eu trabalho primeiro no Concreto. Revista de educação matemática, São Paulo: SBEM, 2005.

Um comentário:

  1. Olá Siely. Uma afirmação que você faz é em relação à quantidade de pesquisas que foram feitas em relação ao ensino/aprendizagem de geometria. Sabemos que as pesquisas seguem tendências que variam de acordo com o tempo. Atualmente, por exemplo, o que tem sido discutido com maior frequência em relação ao ensino de geometria?
    Em outro trecho, você traz o seguinte:
    "Abrantes (1999) disserta que, através da manipulação de materiais, “[...] a geometria torna-se, talvez mais do que qualquer outro domínio da Matemática, especialmente propícia a um ensino fortemente baseado na realização de descobertas”."
    Poderíamos dizer que esse ensino baseado na realização de descobertas se dá a partir da "experimentação"?

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