quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Paulo Freire e a Educação Matemática

A relevância do pensamento de Paulo Freire para a educação é notável com sua forma particular de desenvolver a aprendizagem firmada em etapas de investigação, tematização e problematização.

O método freiriano de aprendizagem busca partir da realidade do alfabetizando elencando palavras e temas chaves de seu contexto (investigação), perpassando por uma análise conjunta do significado das mesmas para uma tomada de conhecimento de mundo (Tematização) culminando numa problematização onde o educador procura desafiar e inspirar o alfabetizando a superar a visão acrítica de mundo para uma postura conscientizada. Em vias gerais a educação parte do cotidiano para uma compreensão de mundo.

E como a matemática pode ser inserida neste contexto desenvolvido por Freire, especificamente o estudo da Geometria?

Segundo Paulo Freire em entrevista ao Professor Ubiratan D’Ambrósio:

“A compreensão da matemática tornou-se algo profundamente refinado, enquanto não devia é e não devia ser, com isso não quero dizer que os estudos da matemática jamais devessem ter a profundidade e a rigorosidade que eles têm de ter... o que quero dizer é que na medida em que você não faz simplismo, mas torna simples a compreensão da existência da matemática na existência humana não há dúvida nenhuma da percepção da compreensão matemática ...”

Assim, a inserção da geometria na aprendizagem se faz na abordagem do tema pelo educador, elencando objetos do cotidiano com uma investigação prévia e o entendimento da presença e relevância do mesmo na vida dos alunos para culminar na identificação das formas geométricas.

Esta abordagem precisa de ser simples na contextualização e rigorosa no tratamento da informação e da condição de existência da formas geométricas.

Fonte: http://video.google.com/videoplay?docid=1805258752199043146&hl=es#

Um comentário:

  1. Alan, essa questão da abordagem pelo educador, com objetos do cotidiano, tem uma grande importância para a compreensão do aluno, não adianta o professor exemplificar "lugares" ocupados pela geometria, se não for da vivência do mesmo, tornará sim um dificuldade, ao vez de ser um facilitador.

    ResponderExcluir