sábado, 10 de setembro de 2011

Modelo de Van Hiele

Na aula de especialização discutimos sobre o modelo de van Hiele e de como utilizá-lo em sala de aula. As discussões foram embasadas no texto “O modelo de Van Hiele de desenvolvimento do pensamento geométrico” de Mary L. Crowley. O Modelo Van Hiele foi desenvolvido por Dina van Hiele Geldof e seu marido Pierre Marie van Hiele, está relacionado com o nível de maturidade geométrica do aluno. A idéia do modelo Van Hiele é que os alunos avancem de acordo com uma seqüência de níveis de compreensão de conceitos, enquanto aprendem geometria.

O Modelo concebe alguns níveis de aprendizagem geométrica (ou níveis de desenvolvimento do pensamento geométrico): o nível inicial é o referente a visualização (Nível 0), as figuras são reconhecidas pela sua aparência, forma ou reproduzir figuras (através das formas e não pelas propriedades); no nível seguinte é o de análise (Nível 1), os alunos conseguem perceber características das figuras e descrever algumas propriedades delas; no outro nível da dedução informal (Nível 2), as propriedades das figuras são ordenadas logicamente e são capazes de deduzir propriedades de figuras. No nível de dedução (Nível 3) e a construção da demonstração de mais de uma maneira e no ultimo nível o rigor ( Nível 4) o aluno é capaz de comparar sistemas baseados em diferentes axiomas, e neste nível que as geometrias não – euclidianas são compreendidas

Para o professor trabalhar com esse modelo é preciso seguir algumas fases:

Informação (Fase 1): O professor e aluno dialogam sobre o material de estudo, o professor deve perceber quais os conhecimentos anteriores do aluno sobre o assunto a ser estudado.

Orientação Dirigida (Fase 2): Os alunos exploram o assunto de estudo através do

material selecionado pelo professor.

Explicação (Fase 3): Os alunos devem se expressar, trocar experiências. O papel do professor é mínimo, observador.

Orientação Livre (Fase 4): tarefas constituídas de varias etapas,possibilitando diversas respostas,a fim de que o aluno ganhe experiências e autonomia.

Integração (Fase 5): O professor auxilia no processo de síntese, fornecendo experiências e observações globais, sem apresentar idéias novas.

Baseado nisso o texto mostra algumas idéias de atividade adequadas a cada um desses níveis, seguindo as fases propostas pelo modelo. O que é muito interessante para que possamos entender melhor como pensar e elaborar esse tipo de atividade. Outro fato interessante nessa aula foi o de que nós elaboramos uma atividade, discutimos com a turma a viabilidade e a adequação ao nível da mesma.

Elaboramos uma atividade enquadrada no nível 0 que visava trabalhar a noção inicial de semelhança de figuras. Elaborar uma atividade que atenda as colocações desse modelo é necessário ter em mente o nível a que se pretende atender e as características desse nível de forma a não exigir dos alunos coisas que eles ainda não estão prontos para atender. Além de ter bastante cuidado em seguir as fases e com uma atenção maior, na minha opinião, com a fase da orientação livre uma vez que esta tem que possibilitar ao aluno várias formas de resolver e um certo pensamento critico, não cabendo aqui um exercício de fixação.

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