Recentemente, na quarta-feira dia 10 de agosto de 2011 participei do 2º encontro pedagógico para professores de matemática de 5os e 9os anos do Ensino Fundamental e 3os anos do Ensino Médio que a Secretaria de Educação de Goiás promoveu. O foco principal da reunião era discutir sobre os resultados atingidos na prova que os alunos de 5os, 9os e 3os anos fizeram nos dois primeiros semestres de 2011. Uma prova que acredito que vem somente para mascarar a realidade da educação em Goiás e incriminar pessoas que às vezes não tem nada a ver com isso, nós professores que lecionamos para essas séries.
Depois de uma pequena introdução discorrendo por quais motivos estávamos ali, e mostrar para nós professores (de toda a rede de ensino pública de Goiânia somente 15 professores estavam presentes – vergonhoso para a nossa classe) que as nossas escolas estão recebendo uma nova geração de alunos, uma geração totalmente virtual, meramente envolvida e ou cercada de tecnologias, o palestrante mostrou o resultado das avaliações que os alunos foram submetidos a realizarem durante os primeiros bimestres desse ano.
O quadro de resultado que foi apresentado era um comparativo do estado de Goiás e da cidade de Goiânia analisando cada questão feita com seus respectivos descritores. O pior resultado apresentado foi das turmas de 3os anos. E adivinha qual o foi o pior resultado com relação aos descritores apresentados? As questões que envolviam a geometria. Agora te quem é a culpa desse resultado? Dos professores de 3os anos? Do governo? Do currículo escolar? Das escolas? Dos alunos?
Em cima desses resultados apresentados que realmente foi crítico qual seria a solução? Será que realmente os professores estão trabalhando pouco ou nem estão trabalhando com a Geometria? Será que é um conteúdo menos importante que os outros dentro da disciplina de matemática? Questões preocupantes e que ainda são difíceis de responder.
Em seguida foi proposta para nós uma atividade na qual deveríamos elaborar questões que envolvesse principalmente os conteúdos de Geometria e Porcentagem (que também apresentou um índice baixo de acertos). O nosso grupo deveria elaborar questões que envolvesse esses conteúdos e que abordasse o tema “cidade”. Pensamos que fosse difícil, mas foi bastante prazeroso realizar este exercício. Com foi a intenção desse exercício? Foi de mostrar que sempre é possível propor atividades que possam fazer parte da vivência do aluno. Devemos levar curiosidades para os mesmos, para que as nossas aulas possam ser mais interessantes e que os alunos gostem de participar do que esta sendo proposto.
O professor deve sim trabalhar com a Geometria, é um conteúdo importante e esta presente em várias situações do nosso dia-a-dia. Devemos deixar de lado o medo de ensiná-lo.
Agora quero saber de você professor: Trabalha com o conteúdo de Geometria na sua escola? Acredita que é importante? Aí ficam alguns questionamentos para que possam realizar várias reflexões.
Com certeza Pedro, o medo tem sido um possível obstáculo para os mestres que insistem em evitar o ensino de Geometria... Outro obstáculo não citado que é presente em todo lugar é a PREGUIÇA! Isso mesmo, caros leitores! Muitos de nós professores temos PREGUIÇA de elaborar atividades para nossos alunos que sejam significantes para eles e envolvam a GEOMETRIA... Essa área da magnífica ciência Matemática é tão importante quanto o estudo de Equações Diferenciais Ordinárias no campo da Álgebra(?)... :)
ResponderExcluirPedro, um elemento que você levantou em sua reflexão foi em relação aos descritores. Você poderia aproveitar este gancho e falar um pouco sobre como funciona os descritores, quais os voltados para geometria, e inclusive retomar os elementos do ENEM, que também trabalha a partir de descritores. O que esses descritores têm cobrado em questão de conhecimentos geométricos? É uma boa oportunidade para os colegas aprenderem um pouco mais sobre avaliações em grande escala.
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