terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ensino de Geometria na Educação Inclusiva



De acordo com Declaração de Salamanca, que orienta sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das necessidades educativas especiais, “qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser realizados” e o “principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter”.

E também segundo o PCN (1997, pág. 19) de matemática, o ensino de matemática “é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar”

Dentro dessas concepções, a matemática, vista como área de conhecimento, deve possibilitar o pleno desenvolvimento do sujeito para a cidadania, inclusive dos sujeitos portadores de necessidades especiais, para que estes possam desempenhar, efetivamente, seu papel enquanto agente ativo na sociedade.

Diante disso, surge o seguinte questionamento: Como ensinar Geometria a alunos com deficiência visual?

Segundo Vieira,


esses alunos necessitam vivenciar todo o universo que os cerca, pois as formas e imagens rodeiam permanentemente o homem e, esse aluno, mais do que outro qualquer deve ter a oportunidade de integrar-se ao “mundo” dos objetos, a fim de capacitar-se para fazer associações, transferências, adquirindo mecanismos interpretactivos e formadores de conceitos e imagens mentais.

Nessa perspectiva, o professor de matemática, durante as aulas de geometria, tem um importante papel a desempenhar na formação do aluno ao abordar uma educação para o exercício da cidadania e numa perspectiva de inclusão. Cabe a ele proporcionar:

Para o deficiente visual a utilização de materiais concretos se torna imprescindível, haja vista que tem no concreto, no palpável, seu ponto de apoio para as abstrações. Ele tem no tato seu sentido mais precioso, pois é através da exploração tátil que lhe chega a maior parte das informações. É através dela que ele tem a possibilidade de discernir objetos e formar idéias. As mãos, dessa forma, têm um papel fundamental, pois são elas que vão suprir, de certa maneira, a “inutilidade” dos olhos. (VIEIRA)

Diante o posto, fica evidente a importância de ser abordado, durante a formação inicial e continuada do professor de matemática, uma preparação para atuação na educação inclusiva.


Referências

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática, Secretaria de Educação Fundamental-MEC/SEF. Brasília, 1997.

____, Declaração de Salamanca, 1994, http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf

VIEIRA, S. S.; SILVA, F. H. S. A Matemática e a Geometria na esucação inclusiva dos deficientes visuais. http://www.sbem.com.br/files/ix_enem/Comunicacao_Cientifica/Trabalhos/CC77320220253T.doc


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